sexta-feira, 29 de novembro de 2013

GRATIDÃO A ALLAH!

A carta dos E.U.A, carinhosamente enviada por um irmão muçulmano, que assinou em baixo:


Caro A.Rassul,

Muitos salamaleques, paz, amor e luz!

Aqui nos Estados Unidos, o feriado de Ação de Graças cultural está acontecendo, e independentemente de sua origem histórica, a acção de graças entre a maioria das pessoas tem, essencialmente, tornar-se um dia para simplesmente celebrar a gratidão.

A gratidão é tão essencial para a vida espiritual e prática islâmica que era a recomendação do Profeta (saw) para ativamente e conscientemente praticar gratidão diária.

Uma atitude de gratidão é tão importante no Islã que a palavra de incredulidade, kufr, vem da raiz da palavra que significa "ingratidão"!

Há tanta coisa que tendemos a tomar para concedido. Será que qualquer um de nós o comércio um único dedo para um milhão de dólares, e muito menos um olho ou um braço? No entanto, Deus tem nos dado, não só um corpo incrível, mas outras infinitas bênçãos e abundância. No entanto, como muitas vezes é que vamos parar de ser grato por esses dons inestimáveis?

"E lembre-se seu Senhor fez para ser declarado: Se sois grato, vou adicionar mais para vós."

- Surata Ibrahim (Alcorão Sagrado, 14:5-7)

A gratidão é tão importante para o crescimento e desenvolvimento espiritual, para o desenvolvimento do estado de ihsan, ou excelência espiritual, que Deus Todo-Poderoso diz no Alcorão que quando somos gratos, Ele dá mais.

A questão, então, é o que estamos focando?

Seu foco determina sua realidade. O que você focaliza se expande.Concentre-se em falta, vai ter mais do mesmo. Concentre-se em abundância, vai ter mais do mesmo.

"Eu sou a meus servos como eles esperam que eu seja."

- Hadith Qudsi

Muito sutilmente, estamos a moldar nossas realidades, nossas experiências, nossos próprios mundos. Eu digo "mundos", no plural, porque cada um de nós vive em um mundo único, alguns mais perto da verdade, da paz e paraíso, enquanto outros até agora de alinhamento com a Verdade que a experiência de vida, infelizmente, muitas vezes se assemelha mais a frente.

Coletivamente, o nosso mundo é o resultado de milhares de milhões de mundos individuais. Nosso mundo é um reflexo de nossos estados de Ser, nossos pensamentos e emoções. E a chave para mudar o nosso mundo não é em soluções forçadas, mas em mudar a nós mesmos.

"Na verdade, eu não mudar a condição de um povo até que eles mudem a condição de seus corações."

- Surah ar-Ra'd (Alcorão Sagrado, 13:11)

A.Rassul, você tem o poder de moldar a sua experiência de vida pessoal, e isso começa com a sua percepção, seu foco, sua escolha do que se concentrar, pensar e acreditar dentro

"Paradise está mais perto de você do que seus laços, e assim é o fogo do inferno."

- Profeta Muhammad (saw) [Bukhari]

Cada passo que damos, cada escolha que fazemos em cada momento, literalmente, leva-nos para a paz, e Paraíso, ou o sofrimento, o inferno.

Fundamentalmente, devemos assumir a responsabilidade de cada um de nossos pensamentos, nossas crenças, nossos paradigmas. E as questões fundamentais é: "Não acreditamos?"

Se realmente acreditamos, então temos de ser felizes e gratos, devemos cultivar continuamente uma atitude de submissão, entrega e gratidão.

O Crente é grato até mesmo para os desafios, dificuldades e calamidades aparentes, pois eles servem a um propósito. Tudo serve a um propósito.

E, como os muçulmanos, como crentes, como os que crêem, é preciso lembrar que o objetivo é a Verdade e Eternidade, que o nosso propósito neste planeta é despertar, purificação e perfeição.

Não há descanso no mundo, ainda que brevemente, como no resto de um viajante em uma longa viagem. No entanto, se ignorarmos a viagem e tentar se acalmar, esquecer o nosso Senhor e nosso propósito divino, afastamo-nos da Sua divina misericórdia e graça.

"Em verdade, criamos o homem e nós sabemos o que a sua alma sussurra para ele, pois estamos mais perto dele do que sua veia jugular."

- Surata Qaf (Alcorão Sagrado, 50:16)

Deus Todo-Poderoso é o Senhor da Misericórdia, Graça, a generosidade ea beleza. Se não estamos experimentando essas qualidades em nossas vidas, pode ser que a nossa consciência está longe de Deus, mas Deus está sempre perto de nós, sempre iminente e acessível!

A.Rassul, para começar a atrair mais abundância, paz e felicidade em sua vida, e se aproximar até a Presença Divina de Deus, comece com gratidão.

Como sugestão, se nada mais, a cada dia, parar e pensar em pelo menos 5 coisas diárias que você é grato para.

Você pode fazer isso depois de cada oração, e ao fazê-lo, percebemos o propósito da oração como uma bela oportunidade de simplesmente expressar gratidão.

A.Rassul, veja este artigo, Gratidão no Islã: Como Atrair Abundância , para mais informações sobre o incrível poder de uma simples prática gratidão diariamente para trazer rapidamente melhores resultados em nossas vidas.
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Islã é Gratidão. É simples assim. Allah não precisa de nada de nós, mas simplesmente forneceu-nos um meio nobre, belo e honrado de expressar gratidão.

E para o muçulmano, o crente, nem mesmo uma única respiração deve ser tomada como garantida. Devemos lembrar que é o Amor Divino que está ativamente, de forma intencional e conscientemente criar e manter a criação em cada momento!

Assim, o caminho para Deus é em tornar-se presente e consciente do dom mais básico, simples, puro Ele (SWT) nos deu, e continuamente nos dá. Sua respiração.

"Eu fiz o homem e soprou-lhe do meu Espírito. Então vos cair para baixo, oh Anjos, prostrar-vos a ele."

Surah al-Hijr (Alcorão Sagrado, 15:29)

Meditação islâmico , em essência, é a consciência, a presença e gratidão para respirar. E através deste Portal da respiração, você entra na Presença Divina. Seja com a sua respiração, e você vai estar com Allah.

"Uma hora de meditação e contemplação é mais valioso do que setenta anos de adoração."

- Profeta Muhammad (saw)

A prática diária sutilmente e gentilmente reorganiza sua rede neural, os seus padrões, e sutilmente ainda definitivamente muda você.

Fique consistente e você vai, com um mínimo de 21 dias (40 dias são ainda melhores), tornar-se uma pessoa diferente. Progress requer prática, e como você mudar a si mesmo, suas circunstâncias de vida vai mudar.

A.Rassul, lembre-se de que nossas vidas físicas e externas são em grande parte um reflexo de nossos estados internos. Estamos em causa. Nós não somos vítimas. Estamos deputados divinos de Deus Todo-Poderoso, mas mais sobre isso em uma mensagem de futuro!

Para o seu sucesso Divino,

- Ihsan
Ihsan









sábado, 5 de outubro de 2013

BOAS COMPANHIAS



O Profeta Muhammad, que Deus o exalte, frequentemente falava a seus companheiros sobre o valor de boa companhia.  Enfatizava a necessidade de nos cercarmos de boas pessoas.  Pessoas que compartilham dos mesmos valores que nós, são os melhores amigos e companheiros.  Diferenças de opinião, interesses e estilos de vida diferentes podem tornar nossas amizades interessantes e, algumas vezes, desafiantes, mas se o sistema de valores principal não for o mesmo a amizade em si provavelmente não tem uma base sólida.

Para o crente a base sólida deve ser sempre o Islã; a verdade irrefutável de que não há deus merecedor de adoração exceto Allah e que Muhammad é Seu mensageiro.  Cada crente, passado, presente e futuro, está ligado por essa verdade fundamental.  O profeta Muhammad falou sobre esse elo em muitas ocasiões.

“A parábola dos crentes em seu amor e misericórdia mútuos é como a de um corpo vivo: se uma parte sente dor, o corpo inteiro sofre, sem dormir e com febre.”

“O crente para outro crente é como uma construção sólida, uma parte apoia a outra.”

Amizade e companheirismo são importantes no Islã.  Um bom amigo aceita nossas falhas, mas ao mesmo tempo nos guia e dá apoio.  Um bom amigo acomoda nossas faltas, mas as corrige quando possível.  Um bom amigo nos amará e perdoará por Deus.

É importante escolher seus amigos cuidadosamente.  O profeta Muhammad advertiu aos crentes sobre isso também.  Disse que uma pessoa seria influenciada por seus amigos e advertiu que todos deviam examinar com cuidado aqueles que considera ser seus amigos.

O que podemos entender disso é que é fácil ser influenciado pelas pessoas ao nosso redor.  É fácil adotar seus maneirismos e qualidades sem ficarmos cientes disso.  Se forem boas qualidades então é uma coisa boa, mas e se as pessoas que considera suas amigas o afastarem da lembrança de Deus?  Seria um desastre e Deus adverte sobre isso no Alcorão.

“Será o dia em que o iníquo morderá as mãos e dirá: Oxalá tivesse seguido a senda do Mensageiro! Ai de mim!  Oxalá não tivesse tomado fulano por amigo.  Porque me desviou da Mensagem, depois de ela me ter chegado.” (Alcorão 25:27-29)

O profeta Muhammad também reiterou esse ponto quando contou a história do ferreiro e do vendedor de perfumes.

O exemplo de um bom companheiro (amigo) em comparação com um mau amigo é como a que existe entre quem vende almíscar e o ferreiro.  Do primeiro você compra almíscar ou desfruta de seu perfume, enquanto que com o ferreiro você se queima ou sente um cheiro ruim.

Quando encontramos bons amigos é importante manter a amizade.  Os crentes estão conectados por seu amor a Deus e a Seu mensageiro e isso implica em certas responsabilidades.  A pessoa deve estar preparada para ignorar algumas das falhas de seu irmão ou irmã no Islã; deve estar preparado para desculpar qualquer comportamento mau ou incorreto que identifique neles.

Isso não significa, entretanto, que deva fechar os olhos para o pecado.  Não, ao invés disso significa que deve manter os laços de amizade enquanto busca compreender e ajudar os que se desviam.  Os crentes não devem nunca embaraçar ou assediar publicamente uns aos outros.  Não devem nunca expor as faltas uns dos outros.  Gentileza e misericórdia devem ser evidentes em todas as transações.

Quem ocultar (a falta de) um muçulmano, Deus ocultará sua falta no Dia do Juízo.”

O sábio islâmico, Ibn Mazin, disse: “O crente procura desculpas para seus irmãos, enquanto o hipócrita procura suas faltas.”  E Hamdun al-Qassar disse: “Se um de seus irmãos comete um erro, procure noventa desculpas para ele e, se não o fizer, será o censurável.”

Em suas tradições, o profeta Muhammad disse: “Uma pessoa visitou seu irmão em outra cidade e Deus enviou um anjo para esperá-lo em seu caminho.  O anjo disse: “Onde pretende ir?” O homem respondeu: “Pretendo ir até meu irmão nessa cidade.” O anjo disse: “Fez algum favor a ele, o reembolso do que pretende obter?” Disse: “Não, eu o amo por Deus, o Exaltado e Glorioso.” Então o anjo disse: “Sou um mensageiro para você vindo de Deus para informá-lo que Deus ama você tanto quanto você O ama.”

Os crentes nunca devem invejar uns aos outros, devem estar sempre felizes quando as bênçãos de Deus recaem sobre seus amigos e companheiros. O Profeta, que Deus o exalte, disse:

Nenhum de vocês verdadeiramente crê até que ame para o seu irmão o que ama para si mesmo.

A oração do muçulmano por seu irmão ausente será respondida.  Existe um anjo ao seu lado que toda vez que ele ora por seu irmão diz “amém, e você terá o mesmo”.

Não fale mal de um muçulmano; não inveje outro muçulmano; não vá contra um muçulmano e o abandone.  Ó servos de Allah!  Sejam como irmãos uns para os outros.  Não é aceitável para um muçulmano desertar seu irmão por mais de três dias.

Um crente ama todos os outros crentes por Deus.  Deseja para eles o que deseja para si mesmo.   Um crente é tolerante dos erros ou falhas dos outros e é perdoador.  Não há raiva, inveja, ódio ou malícia entre os crentes.  Os crentes são gentis, leais e generosos uns com os outros e oram uns pelos outros.

Soa bom demais para ser verdade, não é? Entretanto, isso é o Islã.  É um modo de vida que espera que cada pessoa respeite as outras pessoas.  O Islã diz que você é parte de uma comunidade e é seu direito e sua responsabilidade ser a melhor pessoa que puder.  Buscar boas companhias e manter bons relacionamentos é uma responsabilidade que cada crente tem consigo mesmo, sua comunidade e Deus.  Buscar companheiros que busquem o paraíso na outra vida.

“Sê paciente, juntamente com aqueles que pela manhã e à noite invocam seu Senhor, anelando contemplar Seu Rosto. Não negligencies os crentes, desejando o encanto da vida terrena e não escutes aquele cujo coração permitimos negligenciar o ato de se lembrar de Nós, e que se entregou aos seus próprios desejos, excedendo-se em suas ações.” (Alcorão 18:28)


     in(I.R)

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

ALLAH PODEROSO





“Ele é Allah, o Único.  Allah-us-Samad. Deus! O Absoluto!  Jamais gerou ou foi gerado! E ninguém é comparável a Ele!” (Alcorão 112)


Deus nos cobre com Sua misericórdia, mas ao mesmo tempo, nos lembra de que nossa força vem somente Dele.  Qualquer bem que façamos é para nosso próprio benefício e quaisquer pecados que cometamos são em nosso próprio detrimento.  Nosso comportamento não O beneficia de forma alguma. Deus é completamente independente de Sua criação.  Se todos os humanos pedissem alguma coisa a Deus e se todos os pedidos fossem atendidos isso não diminuiria em nada Seu Reino, Seu Poder e Sua Força.

Todos os dias em nossas orações pedimos a Deus para nos guiar na senda recta, a senda que leva diretamente à Sua misericórdia e perdão.  Pelo menos setenta vezes ao dia os muçulmanos repetem as palavras do capítulo de abertura do Alcorão.  Pedimos a Deus orientação, reconhecendo que adoramos somente a Ele e buscamos ajuda somente Dele.

“Louvado seja Deus, Senhor do Universo,  Clemente, o Misericordioso,  Soberano do Dia do Juízo.  Só a Ti adoramos e só de Ti imploramos ajuda!  Guia-nos à senda reta,  À senda dos que agraciaste, não à dos abominados, nem à dos extraviados.”  (Alcorão 1:1-7)

Nesse hadith Qudsi Deus nos lembra de uma forma bela e sublime que todo o poder e força vem somente Dele.

Somos capazes de nos mover e funcionar, comer, beber e respirar; todas as funções e sistemas do nosso corpo funcionam no tempo preciso.  Nossos corações batem e nosso sangue circula.  Todas essas funções dependem inteiramente da vontade de Deus.  Se qualquer uma parar de funcionar, ninguém pode retorná-la ao normal exceto pela vontade de Deus.

Deus é o Único que provê todo o sustento.  Imagine todo o trabalho envolvido em comer uma torrada no café da manhã.  O pão, a torradeira, a manteiga, a eletricidade e assim por diante, nada apareceu em um passe de mágica.  A manteiga foi batida, a torradeira foi fabricada, o trigo foi colhido e transformado em farinha e o pão foi assado, embalado e entregue.  Enquanto espalhamos a manteiga na torrada precisamos lembrar que nenhuma dessas tarefas simples e ainda assim necessárias, ocorreram sem a permissão ou o poder de Deus.

Deus é o Criador de tudo e não tem necessidades.  Não precisa de nossa obediência e nossa desobediência não O prejudica.  Não precisa nos recompensar se O obedecermos. Ele escolheu fazer isso por causa de Sua generosidade. O Alcorão nos diz que fomos criados para adorar a Deus, mas isso não significa que Ele precisa de nossa adoração; não, ao contrário, nós é que precisamos adorá-Lo.  É na lembrança de Deus que o coração encontra conforto.

“E Eu [Deus] não criei os jinns e a humanidade exceto para Me adorarem.” (Alcorão 51:56)

“Em verdade, é na lembrança de Deus que o coração encontra conforto.” (Alcorão 13:28)


Todos estão perdidos a não ser aqueles a quem Eu guiar...” esse é um dito belo e abrangente das tradições do profeta Muhammad.  Enfatiza o amor de Deus pela humanidade, mas também nos lembra de que devemos ser gratos por esse amor.  Podemos buscar conforto e paz em qualquer lugar nesse mundo, mas nunca encontraremos até que busquemos por isso em nossa relação com Deus.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Todos estão perdidos a não ser aqueles a quem Eu guiar (II)





Entre todos os milhares de hadith, existem alguns que pertencem a uma categoria especial.  São conhecidos como hadith Qudsi.  São ditos que o profeta Muhammad atribui a Deus.  São a mensagem de Deus para a humanidade, mas nas palavras do profeta Muhammad.  Existem mais de 100 hadith Qudsi e eles geralmente lidam com assuntos espirituais ou éticos.  Um dos mais belos e abrangentes dos hadith Qudsi é o dito a seguir:  Transmitido para nós de Deus para o profeta Muhammad e então através de gerações por meio de uma cadeia de narradores autênticos e confiáveis.

"Ó Meus servos, certamente eu proibi a injustiça para Mim, e a proibi entre vós, portanto, não sejais injustos entre vós. Ó Meus servos, todos estão perdidos (desviados) a não ser aqueles a quem eu guiar. Portanto, busquem minha orientação e Eu os orientarei. Ó Meus servos, todos vós estarão famintos, a não ser aqueles que eu alimentar. Portanto, peçam a Mim a alimentação e Eu os alimentarei. Ó Meus servos, todos vós estarão nus, exceto quem eu vestir, portanto peçam a Mim a vestimenta e Eu os darei de vestir.  Ó Meus servos, vós cometeis faltas de dia e de noite, e Eu perdoo todos os pecados, portanto, implorem perdão a Mim e Eu os perdoarei.  Ó Meus servos, não Me prejudicarão e nem Me beneficiarão. Ó Meus servos, se o primeiro entre vós e o último, os humanos entre vós e os gênios fossem todos piedosos no coração do mais piedoso entre vós, isto não adicionaria nada ao Meu reino.   Ó Meus servos, se o primeiro entre vós e o último, os humanos entre vós e os gênios fossem todos depravados no coração mais libertino e depravado entre vós, isto não diminuiria em nada Meu reino. Ó Meus servos, se o primeiro entre vós e o último, os humanos e os gênios, estivessem num só lugar me rogando, e Eu desse para cada um o seu pedido, não diminuiria isto do que eu possuo a não ser como diminui a agulha quando introduzida no oceano.  Ó Meus servos, são só vossas obras que computo e depois as retribuirei. E quem encontrar o bem que agradeça a Allah, e quem encontrar o contrário que não culpe senão a si mesmo."

Deus enfatiza justiça e o Islã condena e proíbe todas as formas de injustiça e opressão.  Deus, o Todo-Poderoso, é o Mais Justo, é Dele que toda a justiça emana.  Deus tornou a opressão ilícita para Si mesmo e Sua promessa é verdadeira: muitos versículos no Alcorão testemunham isso.

"... porque o teu Senhor não é injusto para com os Seus servos." (Alcorão 41:46)

"Deus jamais deseja a injustiça para a humanidade." (Alcorão 3:108)

"Deus não frustrará ninguém, nem mesmo no equivalente ao peso de um átomo." (Alcorão 4:40)

Deus também tornou a opressão de qualquer tipo ilícita para a humanidade.  O Islã nos diz que existem três tipos de opressão ou injustiça.  A primeira é a injustiça em relação a Deus, que é a associação de parceiros a Ele.  A segunda injustiça é em relação a nós mesmos, que é cometer pecados e a terceira é ser injusto com outros (a humanidade e outras criaturas).  O Islã é mais que uma religião, é um código de práticas.  Seguir o Islã significa que os direitos concedidos sobre a humanidade por Deus são respeitados e mantidos.  O Islã busca a justiça para todas as criaturas, grandes e pequenas.

“Nós enviamos Nossos Mensageiros com claros sinais e fizemos descer com eles o Livro e a Balança de modo a estabelecer justiça entre os homens...” (Alcorão 57:25)

Nesse hadith Qudsi Deus começa enfatizando a importância da justiça.  Ele condena a opressão e deixa claro que a opressão não é parte dos
ensinamentos do Islã, nem é tolerada pelos crentes.  Entretanto, Ele não para ali e prossegue dizendo que toda a humanidade está perdida, a não ser aqueles a quem Ele (Deus) escolheu guiar.  Pede que sempre que busquemos orientação, a busquemos Dele, porque ela não pode ser obtida em nenhum outro lugar.

Sem orientação estamos perdidos, em busca contínua por conforto.  É a dádiva mais preciosa de Deus.  Saber disso e entender os conceitos de justiça e perdão inerentes ao Islã nos enriquece e completa.  Saber que nosso propósito é adorar Deus nos libera.  A orientação capacita uma pessoa a aceitar e ser grata pelas bênçãos que Deus concede a cada segundo todos os dias.  A humanidade depende de Deus, mas Deus, entretanto, não precisa da humanidade.  Esse hadith detalhado nos dá um entendimento claro de nossa necessidade por Deus.  Semana que vem discutiremos esse tópico e aprenderemos que nada acontece sem a permissão de Deus.

  in(IR)

Todos estão perdidos a não ser aqueles a quem Eu guiar

           
       

O Alcorão às vezes chamado de Alcorão Sagrado ou Nobre Alcorão é a escritura divina ou texto sagrado da religião do Islã.  Os muçulmanos acreditam que seja a palavra literal de Deus como revelada ao mensageiro final de Deus, Muhammad.  Esse website contém vários artigos sobre o Alcorão para aqueles que desejam informação mais aprofundada.  A Sunnah se refere a três coisas: as ações, afirmações e aprovações táticas do profeta Muhammad.  É derivada das tradições orais, conhecidas como hadith.

Entre todos os milhares de hadith, existem alguns que pertencem a uma categoria especial.  São conhecidos como hadith Qudsi.  São ditos que o profeta Muhammad atribui a Deus.  São a mensagem de Deus para a humanidade, mas nas palavras do profeta Muhammad.  Existem mais de 100 hadith Qudsi e eles geralmente lidam com assuntos espirituais ou éticos.  Um dos mais belos e abrangentes dos hadith Qudsi é o dito a seguir:  Transmitido para nós de Deus para o profeta Muhammad e então através de gerações por meio de uma cadeia de narradores autênticos e confiáveis.

"Ó Meus servos, certamente eu proibi a injustiça para Mim, e a proibi entre vós, portanto, não sejais injustos entre vós. Ó Meus servos, todos estão perdidos (desviados) a não ser aqueles a quem eu guiar. Portanto, busquem minha orientação e Eu os orientarei. Ó Meus servos, todos vós estarão famintos, a não ser aqueles que eu alimentar. Portanto, peçam a Mim a alimentação e Eu os alimentarei. Ó Meus servos, todos vós estarão nus, exceto quem eu vestir, portanto peçam a Mim a vestimenta e Eu os darei de vestir.  Ó Meus servos, vós cometeis faltas de dia e de noite, e Eu perdoo todos os pecados, portanto, implorem perdão a Mim e Eu os perdoarei.  Ó Meus servos, não Me prejudicarão e nem Me beneficiarão. Ó Meus servos, se o primeiro entre vós e o último, os humanos entre vós e os gênios fossem todos piedosos no coração do mais piedoso entre vós, isto não adicionaria nada ao Meu reino.   Ó Meus servos, se o primeiro entre vós e o último, os humanos entre vós e os gênios fossem todos depravados no coração mais libertino e depravado entre vós, isto não diminuiria em nada Meu reino. Ó Meus servos, se o primeiro entre vós e o último, os humanos e os gênios, estivessem num só lugar me rogando, e Eu desse para cada um o seu pedido, não diminuiria isto do que eu possuo a não ser como diminui a agulha quando introduzida no oceano.  Ó Meus servos, são só vossas obras que computo e depois as retribuirei. E quem encontrar o bem que agradeça a Allah, e quem encontrar o contrário que não culpe senão a si mesmo."

Deus enfatiza justiça e o Islã condena e proíbe todas as formas de injustiça e opressão.  Deus, o Todo-Poderoso, é o Mais Justo, é Dele que toda a justiça emana.  Deus tornou a opressão ilícita para Si mesmo e Sua promessa é verdadeira: muitos versículos no Alcorão testemunham isso.

"... porque o teu Senhor não é injusto para com os Seus servos." (Alcorão 41:46)

"Deus jamais deseja a injustiça para a humanidade." (Alcorão 3:108)

"Deus não frustrará ninguém, nem mesmo no equivalente ao peso de um átomo." (Alcorão 4:40)

Deus também tornou a opressão de qualquer tipo ilícita para a humanidade.  O Islã nos diz que existem três tipos de opressão ou injustiça.  A primeira é a injustiça em relação a Deus, que é a associação de parceiros a Ele.  A segunda injustiça é em relação a nós mesmos, que é cometer pecados e a terceira é ser injusto com outros (a humanidade e outras criaturas).  O Islã é mais que uma religião, é um código de práticas.  Seguir o Islã significa que os direitos concedidos sobre a humanidade por Deus são respeitados e mantidos.  O Islã busca a justiça para todas as criaturas, grandes e pequenas.

“Nós enviamos Nossos Mensageiros com claros sinais e fizemos descer com eles o Livro e a Balança de modo a estabelecer justiça entre os homens...” (Alcorão 57:25)

Nesse hadith Qudsi Deus começa enfatizando a importância da justiça.  Ele condena a opressão e deixa claro que a opressão não é parte dos ensinamentos do Islã, nem é tolerada pelos crentes.  Entretanto, Ele não para ali e prossegue dizendo que toda a humanidade está perdida, a não ser aqueles a quem Ele (Deus) escolheu guiar.  Pede que sempre que busquemos orientação, a busquemos Dele, porque ela não pode ser obtida em nenhum outro lugar.

Sem orientação estamos perdidos, em busca contínua por conforto.  É a dádiva mais preciosa de Deus.  Saber disso e entender os conceitos de justiça e perdão inerentes ao Islã nos enriquece e completa.  Saber que nosso propósito é adorar Deus nos libera.  A orientação capacita uma pessoa a aceitar e ser grata pelas bênçãos que Deus concede a cada segundo todos os dias.  A humanidade depende de Deus, mas Deus, entretanto, não precisa da humanidade.  Esse hadith detalhado nos dá um entendimento claro de nossa necessidade por Deus. 

  
   in(IR)

SENTIDOS OPOSTOS - O ATENDIMENTO DOS MUÇULMANOS NAS MESQUITAS DO BRASIL

Alcorão Sagrado Tradução em Português Parte 3/24

ISLAMISMO - Wudu (A Ablução no Islam)

Alcorão Sagrado com legenda em português سورة النبأ

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

" POVO DO LIVRO"




Depois de ler e compreender o que os muçulmanos acreditam sobre Jesus, filho de Maria, algumas perguntas podem vir à mente, ou temas requererem esclarecimento.  Você pode ter lido o termo “Povo do Livro” e não ter ficado totalmente claro o que significa.  Da mesma forma, ao explorar a literatura disponível sobre Jesus você pode ter visto o nome Eissa e se perguntado se Jesus e Eissa eram a mesma pessoa.  Se você está pensando em investigar um pouco mais ou talvez ler o Alcorão, os pontos seguintes podem ser de interesse.

Quem é Eissa?

Eissa é Jesus.  Talvez por causa da diferença na pronúncia, muitas pessoas podem não estar cientes que quando ouvem um muçulmano falar sobre Eissa, ele está de fato falando sobre o Profeta Jesus.  A forma escrita de Eissa pode variar - Isa, Esa, Essa e Eissa.  A língua árabe é escrita em caracteres árabes e qualquer sistema de transliteração tenta reproduzir o som fonético.  Independentemente da forma de escrever, todas indicam Jesus, o Mensageiro de Deus.

Jesus e seu povo falavam aramaico, uma língua da família semítica.  Faladas por mais de 300 milhões de pessoas no Oriente Médio, Norte da África e Chifre da África, as línguas semitas incluem, entre outras, o árabe e o hebraico.  O uso da palavra Eissa é a tradução mais próxima da palavra aramaica para Jesus – Eeshu.  Em hebraico se traduz como Yeshua.

Traduzir o nome de Jesus para línguas não-semitas complica as coisas. Não havia nenhum “J” em nenhuma língua até o século quatorze[1], então, consequentemente, quando o nome de Jesus foi traduzido para o grego, ficou Iesous, e em latim, Iesus[2].  Posteriormente, o “I” e o “J” foram usados de forma intercambiável e finalmente o nome fez a transição para Jesus.  O “S” no final é indicativo da língua grega, na qual todos os nomes masculinos terminavam em “S”.


Aramaico- Eeshu

Árabe-Eissa

Hebraico-Yeshua

Grego-Iesous

Latim-Iesus

Português-Jesus





Quem é o Povo do Livro?

Quando Deus se refere ao Povo do Livro, Ele está falando principalmente dos judeus e cristãos.  No Alcorão o povo judeu é chamado de Bani Israeel, literalmente Filhos de Israel, ou comumente, os israelitas.  Esses grupos distintos seguem, ou seguiam, a revelação de Deus como foi revelada no Torá e no Injeel.  Você também pode ouvir os judeus e cristãos serem chamados de “Povo da Escritura”.

Os muçulmanos acreditam que os livros divinamente revelados antes do Alcorão foram perdidos na antiguidade, ou mudados e distorcidos, mas também reconhecem que os verdadeiros seguidores de Moisés e Jesus eram muçulmanos que adoravam o Deus Único com submissão verdadeira.  Jesus, filho de Maria, veio para confirmar a mensagem de Moisés e guiar os Filhos de Israel de volta à senda reta.  Os muçulmanos acreditam que os judeus (Filhos de Israel) negaram a missão e mensagem de Jesus, e os cristãos incorretamente o elevaram à posição de um deus.

“Ó Povo do Livro! Não exagereis em vossa religião, profanando a verdade, nem sigais o capricho daqueles que se extraviaram anteriormente, desviaram muitos outros e se desviaram da verdadeira senda!” (Alcorão 5:77)

Já discutimos nas partes anteriores como o Alcorão lida amplamente com o Profeta Jesus e sua mãe Maria.  Entretanto, o Alcorão também inclui muitos versículos nos quais Deus fala diretamente ao Povo do Livro, particularmente aqueles que se chamam de cristãos.

É dito aos cristãos e judeus para não criticarem os muçulmanos por acreditarem no Deus Único, mas Deus também chama atenção para o fato de que os cristãos (aqueles que seguem os ensinamentos de Cristo) e os muçulmanos têm muito em comum, incluindo seu amor e respeito por Jesus e todos os Profetas.

“..Constatarás que aqueles que estão mais próximos do afeto dos fiéis são os que dizem: Somos cristãos!   Porque possuem sacerdotes e não ensoberbecem de coisa alguma.

E, ao escutarem o que foi revelado ao Mensageiro, tu vês lágrimas a lhes brotarem nos olhos; reconhecem naquilo a verdade,

dizendo: Ó Senhor nosso, cremos! Inscreve-nos entre os testemunhadores!” (Alcorão 5:83)

Como Jesus, filho de Maria, o Profeta Muhammad veio para confirmar a mensagem de todos os profetas antes dele; chamou as pessoas para adorar o Deus Único.  Sua missão, entretanto, era diferente dos profetas anteriores (Noé, Abraão, Moisés, Jesus e outros) em um ponto.  O Profeta Muhammad veio para toda a humanidade, enquanto que os Profetas antes dele vieram especificamente para seu próprio tempo e povo.  O advento do Profeta Muhammad e a revelação do Alcorão completaram a religião que tinha sido revelada ao Povo do Livro.

Deus falou ao Profeta Muhammad no Alcorão e lhe disse para chamar o Povo do Livro dizendo:

“Dize-lhes (Muhammad): ‘Ó adeptos do Livro, vinde, para chegarmos a um termo comum, entre nós e vós: Comprometamo-nos, formalmente, a não adorar senão a Deus, a não Lhe atribuir parceiros e a não nos tomarmos uns aos outros por senhores, em vez de Deus.” (Alcorão 3:64)

O Profeta Muhammad disse a seus companheiros e, portanto, a toda a humanidade:

“De todos sou o mais próximo ao filho de Maria, e todos os profetas são irmãos paternais, e não houve profeta entre eu e ele (ou seja, Jesus).”

E também:

“Se um homem acredita em Jesus e então acredita em mim, receberá dupla recompensa.” (Saheeh Al-Bukhari)

O Islã é uma religião de paz, respeito e tolerância, e adota uma atitude justa e compassiva em relação às outras religiões, particularmente em relação ao Povo do Livro.

         (in IR)

JESUS RELAMENTE MORREU?




A idéia de Jesus morrendo na cruz é fundamental à crença cristã.  Representa a convicção de que Jesus morreu pelos pecados da humanidade.  A crucificação de Jesus é uma doutrina vital no Cristianismo; entretanto, os muçulmanos a rejeitam completamente.  Antes de descrever o que os muçulmanos acreditam sobre a crucificação de Jesus, pode ser útil entender a reação islâmica à noção de pecado original.

Quando Adão e Eva comeram da árvore proibida no paraíso, não foram tentados por uma serpente.  Foi Satanás quem os enganou e persuadiu e, sendo assim, eles exerceram seu livre arbítrio e cometeram um erro de julgamento.  Eva não carrega sozinha o fardo do erro.  Juntos, Adão e Eva perceberam sua desobediência, sentiram remorso e imploraram pelo perdão de Deus.  Deus, em Sua infinita misericórdia e sabedoria, os perdoou.  O Islã não tem o conceito de pecado original; cada pessoa é responsável por suas próprias ações.

“E nenhum pecador arcará com culpa alheia;” (Alcorão 35:18)

Não é necessário Deus, um filho de Deus, ou até mesmo um Profeta de Deus se sacrificar pelos pecados da humanidade para comprar o perdão.  O Islã recusa totalmente essa opinião.  A fundação do Islã reside em saber com certeza que não devemos adorar nada, exceto Deus.  O perdão emana do Verdadeiro Deus Único; então, quando uma pessoa busca perdão, deve se voltar para Deus de forma submissa, com remorso verdadeiro, e implorar perdão, prometendo não repetir o pecado.  Então, e somente então, os pecados serão perdoados.

À luz do entendimento islâmico do pecado original e perdão, podemos ver que o Islã ensina que Jesus não veio para expiar os pecados da humanidade; ao contrário, seu propósito era reafirmar a mensagem dos Profetas antes dele.

“..  Ninguém tem o direito de ser adorado exceto Deus, o Único e Verdadeiro Deus...”  (Alcorão 3: 62)

Os muçulmanos não acreditam na crucificação de Jesus, nem acreditam que ele morreu.

A Crucificação

A mensagem de Jesus foi rejeitada pela maioria dos israelitas e também pelas autoridades romanas.  Aqueles que acreditaram formaram um pequeno grupo de seguidores ao seu redor, conhecidos como os discípulos.  Os israelitas tramaram e conspiraram contra Jesus e formularam um plano para que fosse assassinado.  Era para ser executado em público, de uma forma particularmente horrível, conhecida no Império Romano: crucificação.

A crucificação era considerada uma forma vergonhosa de morrer e os “cidadãos” do Império Romano estavam isentos dessa punição. Foi designada não apenas para prolongar a agonia da morte, mas para mutilar o corpo.  Os israelitas planejaram essa morte humilhante para seu Messias – Jesus, o mensageiro de Deus.  Deus em Sua infinita misericórdia impediu esse evento abominável ao colocar a semelhança de Jesus em outra pessoa e ascender Jesus vivo, em corpo e alma, para os céus.  O Alcorão é silencioso sobre os detalhes exatos de quem era essa pessoa, mas sabemos e acreditamos com certeza que não era o Profeta Jesus.

Os muçulmanos acreditam que o Alcorão e as narrações autênticas do Profeta Muhammad contêm todo o conhecimento que a humanidade precisa para adorar e viver de acordo com os mandamentos de Deus.  Sendo assim, se pequenos detalhes não são explicados, é porque Deus em Sua infinita sabedoria julgou que esses detalhes não são benéficos para nós.  O Alcorão explica, nas palavras do próprio Deus, a conspiração contra Jesus e Seu plano para lograr os israelitas e ascender Jesus aos céus.

“Porém, (os judeus) conspiraram (contra Jesus); e Deus, por Sua parte, planejou também.  E Deus é o melhor dos planejadores.” (Alcorão 3:54)

“E por dizerem: ‘Matamos o Messias, Jesus, filho de Maria, o Mensageiro de Deus.’ Embora não sendo, na realidade, certo que o mataram, nem o crucificaram, senão que isso lhes foi simulado.  E aqueles que discordam, quanto a isso, estão na dúvida, porque não possuem conhecimento algum, abstraindo-se tão-somente em conjecturas;  Porém, o fato é que não o mataram.  Outrossim, Deus fê-lo ascender até Ele. Porque é Poderoso, Prudentíssimo.”

 (Alcorão 4:157-158)
Jesus Não Morreu

Os israelitas e as autoridades romanas não foram capazes de ferir Jesus.  Deus diz claramente que elevou Jesus até Ele e o livrou das afirmações falsas feitas em nome de Jesus.

“Ó Jesus!  Por certo que porei termo à tua estada na terra; ascender-te-ei até Mim e salvar-te-ei dos incrédulos...” (Alcorão 3:55)

No versículo anterior, quando Deus disse que “elevaria” Jesus, usou a palavra mutawaffeeka.  Sem um entendimento claro da riqueza da língua árabe, e conhecimento dos níveis de significados em muitas palavras, é possível entender mal o que Deus disse.  Na língua árabe de hoje a palavra mutawaffeeka é às vezes usada para denotar morte, ou até sono.  Nesse versículo do Alcorão, entretanto, o significado original é usado e a abrangência da palavra denota que Deus elevou Jesus até Ele, completamente.  Portanto, ele estava vivo em sua ascensão, em corpo e alma, sem qualquer injúria ou defeito.

Os muçulmanos acreditam que Jesus não está morto, e que voltará para esse mundo nos últimos dias antes do Dia do Juízo.  O Profeta Muhammad disse a seus companheiros:

“Como estarão quando o filho de Maria, Jesus, descer entre vocês e julgar pela Lei do Alcorão e não pela lei do Evangelho?” (Saheeh Al-Bukhari)

Deus nos lembra no Alcorão que o Dia do Juízo é um Dia que não podemos evitar, e nos alerta que a descida de Jesus é um sinal de sua proximidade.

“E (Jesus) será um sinal (do advento) da Hora.  Não duvideis, pois, dela, e segui-me,  porque esta é a senda reta.” (Alcorão 43:61)

Consequentemente, a crença islâmica sobre a crucificação de Jesus e sua morte é clara.  Houve uma conspiração para crucificar Jesus, mas não foi bem sucedida; Jesus não morreu, mas ascendeu aos céus.  Nos últimos dias que precederem o Dia do Juízo, Jesus retornará a esse mundo e continuará sua mensagem.

  (in IR)

AL-HAWARIYEEN (Os discípulos de Jesus)




O capítulo 5 do Alcorão se chama Al Maidah (ou A Mesa Servida).  É um dos três capítulos no Alcorão que lidam amplamente com a vida de Jesus e sua mãe Maria.  Os outros capítulos são o capítulo 3, Al Imran (A Família de Imran), e o capítulo 19, Maryam (Maria).  Os muçulmanos amam Jesus e honram sua mãe, mas não os adoram.  O Alcorão, que os muçulmanos acreditam ser as palavras diretas de Deus, coloca Jesus e sua mãe Maria, e de fato toda sua família – a família de Imran, em uma alta posição.

Sabemos que Jesus viveu entre seu povo, os israelitas, por muitos anos, chamando-os de volta à adoração do Único Verdadeiro Deus e realizando milagres pela permissão de Deus.  A maioria daqueles à sua volta rejeitou seu chamado e não atentou para sua mensagem.  Entretanto, Jesus reuniu ao seu redor um grupo de companheiros chamados Al Hawariyeen (os discípulos de Jesus) em árabe.

Deus disse no Alcorão:

“E de que, quando Eu (Deus) inspirei os Al-Hawariyeen (discípulos), (dizendo-lhes): Crede em Mim e no Meu Mensageiro! ‘Disseram: Cremos! Testemunha que somos muçulmanos.’” (Alcorão 5:111)

Os discípulos chamam a si próprios de muçulmanos: como pode ser isso se a religião do Islã foi revelada depois de 600 anos?  Deus deve estar se referindo ao significado geral de “muçulmano”. Um muçulmano é qualquer um que se submeta ao Deus Único e a Sua obediência, e qualquer um cuja aliança e lealdade seja com Deus e os crentes acima de tudo.  A palavra muçulmano e Islã vêm da mesma raiz árabe – sa la ma – e é por isso que paz e segurança (Salam) são inerentes à submissão a Deus.  Dessa forma pode ser entendido que todos os Profetas de Deus e seus seguidores eram muçulmanos.

Uma Mesa Servida com Comida

Os discípulos de Jesus disseram a ele:

“Ó Jesus, filho de Maria! Poderá o teu Senhor fazer-nos descer do céu uma mesa servida dos céus?” (Alcorão 5:112)

Estavam pedindo a Jesus para realizar um milagre?  Os discípulos de Jesus que se denominavam muçulmanos se sentiam inseguros sobre a habilidade de Deus de prover milagres?  É improvável, porque seria um ato de descrença.  Os discípulos de Jesus não estavam perguntando se isso era possível, mas se Jesus invocaria Deus naquele momento específico para prover-lhes de comida.  Entretanto, Jesus deve ter pensado de forma diferente, porque respondeu:

“Temei a Deus, se sois crentes (muçulmanos)!” (Alcorão 5:112)

Quando viram a reação de Jesus, seus discípulos tentaram explicar suas palavras.  Inicialmente disseram “Queríamos comer.”

Podiam estar com muita fome e queriam que Deus satisfizesse suas necessidades.  Pedir a Deus para prover nosso sustento é aceitável porque Deus é o Provedor, Aquele de onde toda provisão emana.  Os discípulos prosseguiram dizendo “e para satisfazer nossos corações.”

Queriam dizer que sua fé se tornaria mais forte se vissem um milagre com seus próprios olhos, e isso é confirmado pela afirmação de encerramento.  “E para saber que nos disseste a verdade e para que sejamos testemunhas.”

Embora mencionado por último, ser uma testemunha da verdade e ver os milagres que são sua evidência de apoio eram as justificativas mais importantes para seu pedido.  Os discípulos estavam pedindo ao Profeta Jesus para realizar esse milagre pela permissão de Deus para que pudessem ser testemunhas perante toda a humanidade.  Os discípulos queriam propagar a mensagem de Jesus proclamando os milagres que testemunharam com seus próprios olhos.

“Tornaram a dizer: ‘Desejamos desfrutar dela, para que os nossos corações sosseguem e para que saibamos que nos tens dito a verdade, e para que sejamos testemunhas disso.’ Jesus, filho de Maria, disse: ‘Ó Deus, Senhor nosso! Envia-nos do céu uma mesa servida! Que seja um banquete para o primeiro e último de nós, constituindo-se num sinal Teu; agracia-nos, porque Tu és o melhor dos agraciadores.’” (Alcorão 5:113-114)

Jesus pediu pelo milagre.  Orou a Deus, pedindo que uma mesa servida com comida fosse enviada.  Jesus também pediu que fosse para todos e que fosse uma grande festa.  A palavra árabe usado pelo Alcorão é Eid, que significa uma grande festa ou celebração recorrente.  Jesus queria que seus discípulos e aqueles que viessem depois deles lembrassem as bênçãos de Deus e fossem agradecidos.

Temos muito a aprender das súplicas feitas pelos Profetas e outros crentes virtuosos.  A súplica de Jesus não foi apenas por uma mesa servida com comida, mas para Deus provê-los com sustento.  Ele a fez abrangente porque a comida é apenas uma parte pequena do sustento provido pelo Melhor dos Sustentadores.  O sustento de Deus abrange todos os requisitos necessários para a vida, inclusive, mas não apenas, comida, abrigo, e conhecimento.  Deus respondeu:

“Fá-la-ei descer; porém, quem de vós, depois disso, continuar descrendo, saiba que o castigarei tão severamente como jamais castiguei ninguém da humanidade.” (Alcorão 5:115)

Conhecimento se Equipara a Responsabilidade

A razão porque a resposta de Deus foi tão absoluta é porque se alguém descrê após ser provido com um sinal ou milagre de Deus, é pior do que descrer sem ver o milagre.  Você pode questionar o porquê.  É porque uma vez que se veja o milagre, tem-se conhecimento e compreensão em primeira mão da onipotência de Deus.  Quanto mais conhecimento uma pessoa tem, maior sua responsabilidade perante Deus.  Quando se vê os sinais, a obrigação de acreditar e propagar a mensagem de Deus se torna maior.  Deus estava exigindo dos discípulos de Jesus que ficassem cientes da grande responsabilidade que estavam assumindo, ao receberem a mesa servida com comida.

O dia da mesa se tornou um dia de festa e celebração para os discípulos e seguidores de Jesus, mas, com o passar do tempo, o significado e essência reais do milagre foram perdidos.  Eventualmente Jesus passou a ser adorado como um deus.  No Dia da Ressurreição, quando toda a humanidade se apresentará diante de Deus, os discípulos testemunharão a grande responsabilidade de saberem a verdadeira mensagem de Jesus.  Deus falará diretamente a Jesus e dirá:

“Ó Jesus, filho de Maria! Foste tu quem disseste aos homens: ‘Tomai a mim e a minha mãe por duas divindades, em vez de Deus?’ Ele (Jesus) dirá: Glorificado sejas! É inconcebível que eu tenha dito o que por direito não me corresponde. Se tivesse dito, tê-lo-ias sabido, porque Tu conheces a natureza da minha mente, ao passo que ignoro o que encerra a Tua. Somente Tu és Conhecedor do incognoscível. Não lhes disse, senão o que me ordenaste:‘Adorai a Deus, meu Senhor e vosso!’” (Alcorão 5:116-117)


Aqueles de nós abençoados com essa mensagem verdadeira de Jesus, a mesma mensagem propagada por todos os Profetas incluindo o último profeta, Muhammad, também terão grande responsabilidade no Dia da Ressurreição.
         (in IR)

EISSA IBN MARYAM



Já estabelecemos que Jesus, filho de Maria, ou como ele é chamado pelos muçulmanos, Eissa ibn Maryam, realizou seu primeiro milagre enquanto estava embalado nos braços de Maria.  Pela permissão de Deus ele falou, e suas primeiras palavras foram “Sou um servo de Deus” (Alcorão 19:30).  Ele não disse “Sou Deus” ou mesmo “Sou o filho de Deus”.  Suas primeiras palavras estabeleceram a fundação de sua mensagem e sua missão: chamar o povo de volta para a pura adoração do Deus Único.

Na época de Jesus o conceito de Deus Único não era novo para os Filhos de Israel. O Torá tinha proclamado “Ouça, Ó Israel, o Senhor teu Deus é Um,” (Deuteronômio: 4).  Entretanto, as revelações de Deus foram mal interpretadas e abusadas, e corações se endureceram.  Jesus veio para denunciar os líderes dos Filhos de Israel, que caíram em vidas materialistas e de luxúria, e confirmar a lei de Moisés encontrada no Torá que tinham mudado.

A missão de Jesus era confirmar o Torá, tornar lícitas coisas que eram previamente ilícitas e proclamar e reafirmar a crença em Um Criador.  O Profeta Muhammad disse:

“Todo Profeta foi enviado exclusivamente para sua nação, mas eu fui enviado para toda a humanidade” (Saheeh Bukhari). 

Portanto, Jesus foi enviado para os israelitas.

Deus diz no Alcorão que Ele ensinou a Jesus o Torá, o Evangelho e a Sabedoria.

“E Ele o ensinou o Livro e a Sabedoria, o Torá e o Evangelho.” (Alcorão 3:48)

Para propagar sua mensagem de forma efetiva, Jesus entendeu o Torá e foi provido com sua própria revelação vinda de Deus – o Injeel, ou Evangelho.  Deus também dotou Jesus com a habilidade para guiar e influenciar seu povo com seus sinais e milagres.

Deus apoiou todos os Seus Mensageiros com milagres que eram observáveis e faziam sentido para o povo o qual o Mensageiro havia sido enviado.  No tempo de Jesus os israelitas eram muito desenvolvidos no campo da medicina. Consequentemente, os milagres que Jesus realizou (pela permissão de Deus) eram dessa natureza e incluíam devolver a visão ao cego, curar leprosos e ressuscitar os mortos.  Deus disse:

“... de quando, com o Meu beneplácito, curaste o cego de nascença e o leproso” (Alcorão 5:110)

Jesus Criança

Nem o Alcorão nem a Bíblia se referem à infância de Jesus.  Podemos imaginar, entretanto, que como filho na família de Imran, era uma criança virtuosa devotada ao aprendizado e ansioso para influenciar as crianças e adultos à sua volta.  Depois de mencionar que Jesus falou no berço, o Alcorão imediatamente relata a história de Jesus moldando a figura de um pássaro de argila.  Ele soprou e pela permissão de Deus se tornou um pássaro.

“…plasmarei de barro a figura de um pássaro, à qual darei vida, e a figura será um pássaro, com beneplácito de Deus.” (Alcorão 3:49)

O Evangelho da Infância de Tomé, parte de um conjunto de textos escritos por cristãos primitivos não aceitos na doutrina do Velho Testamento, também se refere a essa história.  Ele relata com alguns detalhes a história do jovem Jesus moldando pássaros de argila e soprando-lhes a vida.  Embora fascinante, os muçulmanos só acreditam na mensagem de Jesus como relatada no Alcorão e nas narrativas do Profeta Muhammad.

É exigido que os muçulmanos acreditem em todos os livros revelados por Deus para a humanidade. Entretanto, a Bíblia, como existe hoje, não é o Evangelho que foi revelado ao Profeta Jesus.  As palavras e sabedoria de Deus dadas a Jesus foram perdidas, ocultadas, mudadas e distorcidas.  O destino dos textos apócrifos dos quais o Evangelho da Infância de Tomé faz parte, é testemunha disso.  Em 325 AD, o Imperador Constantino tentou unificar a fragmentada Igreja Cristã ao convocar um encontro de bispos de todo o mundo conhecido.  Esse encontro ficou conhecido como o Concílio de Nicéia, e seu legado foi a doutrina da Trindade, previamente inexistente, e a perda de algo em torno de 270 a 4.000 evangelhos.  O concílio ordenou a queima de todos os evangelhos não considerados merecedores de estarem na nova Bíblia, e o Evangelho da Infância de Tomé foi um deles. Entretanto, cópias de muitos evangelhos sobreviveram e, embora não estejam na Bíblia, são valiosos por sua significância histórica.

O Alcorão Nos Liberta

Os muçulmanos acreditam que Jesus recebeu revelação de Deus, mas não registrou por escrito uma única palavra, nem instruiu seus discípulos a fazê-lo. Não há necessidade para um muçulmano tentar provar ou contestar os livros dos cristãos.  O Alcorão nos liberta da necessidade de saber se a Bíblia que temos hoje contém a palavra de Deus, ou as palavras de Jesus.  Deus disse:

“Ele te revelou (ó Muhammad) o Livro (paulatinamente) com a verdade corroborante dos anteriores.” (Alcorão 3:3)

E também:

“Em verdade, revelamos-te o Livro corroborante e preservador dos anteriores. Julga-os, pois, conforme o que Deus revelou e não sigas os seus caprichos, desviando-te da verdade que te chegou.” (Alcorão 5:48)

Qualquer conhecimento benéfico para os muçulmanos existente no Torá ou no Injeel é afirmado claramente no Alcorão.  Todo o bem encontrado nos livros anteriores é agora encontrado no Alcorão. Se as palavras do Novo Testamento de hoje concordam com as palavras do Alcorão, então essas palavras são provavelmente parte da mensagem de Jesus que não foi distorcida ou perdida com o tempo.  A mensagem de Jesus era a mesma mensagem que todos os Profetas de Deus ensinaram a seus povos.  O Senhor seu Deus é Um, então adorem somente a Ele.  E Deus disse no Alcorão sobre a história de Jesus:


“Esta é a puríssima verdade: não há mais divindade além de Deus, Que não tem esposa e nem filho. E Deus é o Poderoso, o Prudentíssimo.” (Alcorão 3:62)
   ( in IR)

O ISSA (JESUS) FILHO DE MARIA



Os cristãos geralmente falam sobre desenvolver uma relação com Cristo e aceitá-lo em suas vidas.  Afirmam que Jesus é muito mais que um homem e morreu na cruz para livrar a humanidade do pecado original.  Os cristãos falam de Jesus com amor e respeito, e é óbvio que ele tem um lugar especial em suas vidas e corações.  Mas, e os muçulmanos? O que pensam sobre Jesus e que posição Jesus ocupa no Islã?

Alguém não familiarizado com o Islã pode se surpreender ao saber que os muçulmanos também amam Jesus.  Um muçulmano não falará o nome de Jesus sem respeitosamente acrescentar as palavras “que a paz esteja sobre ele”.  No Islã, Jesus é um homem amado e estimado e um Profeta e Mensageiro que chamou seu povo à adoração do Verdadeiro Deus Único.

Muçulmanos e cristãos compartilham algumas das crenças sobre Jesus.  Ambos acreditam que Jesus nasceu da Virgem Maria e ambos acreditam que Jesus foi o Messias enviado para o povo de Israel. Ambos também acreditam que Jesus voltará a terra nos últimos dias.  Entretanto, um detalhe importante separa seus mundos.  Os muçulmanos acreditam que certamente Jesus não é Deus, não é o filho de Deus e não é parte de uma Trindade de Deus.

No Alcorão, Deus falou diretamente aos cristãos quando disse:

“Ó Povo do Livro! Não exagereis em vossa religião e não digais de Deus senão a verdade. O Messias, Jesus, filho de Maria, foi tão-somente um mensageiro de Deus e Seu Verbo, com o qual Ele agraciou Maria por intermédio do Seu Espírito. Crede, pois, em Deus e em Seus mensageiros. Não digais: ‘Trindade!’ Abstende-vos disso, que será melhor para vós; Sabei que Deus é Uno. Glorificado seja! Longe está a hipótese de ter tido um filho. A Ele pertence tudo quanto há nos céus e na terra, e Deus é mais do que suficiente Guardião.” (Alcorão 4:171)

Assim como o Islã nega categoricamente que Jesus era Deus, também rejeita a noção de que a humanidade nasce maculada por qualquer forma de pecado original.  O Alcorão nos diz que não é possível que uma pessoa carregue os pecados de outra e que somos todos responsáveis, perante Deus, por nossas próprias ações.  “E nenhum pecador arcará com culpa alheia;” (Alcorão 35: 18) Entretanto, Deus, em Sua infinita Misericórdia e Sabedoria não abandonou a humanidade à sua própria sorte.  Enviou orientação e leis que revelam como adorar e viver de acordo com Seus mandamentos.  Os muçulmanos devem acreditar e amar todos os Profetas; rejeitar um é rejeitar o credo do Islã.  Jesus foi um em uma longa linhagem de Profetas e Mensageiros, chamando as pessoas para adorar o Deus Único.  Veio especificamente para o Povo de Israel, que na época tinha se desviado da senda reta de Deus.  Jesus disse:

“(Eu vim) para confirmar-vos a Tora, que vos chegou antes de mim, e para liberar-vos algo que vos está vedado. Eu vim com um sinal do vosso Senhor. Temei a Deus, pois, e obedecei-me. Sabei que Deus é meu Senhor e vosso. Adorai-O, pois. Essa é a senda reta.” (Alcorão 3:50-51)

Os muçulmanos amam e admiram Jesus. Entretanto, o entendemos e a seu papel em nossas vidas de acordo com o Alcorão e as narrativas e os ditos do Profeta Muhammad.  Três capítulos do Alcorão tratam da vida de Jesus, sua mãe Maria e sua família; cada um revela detalhes não encontrados na Bíblia. 

O Profeta Muhammad falou de Jesus muitas vezes, descrevendo-o uma vez como seu irmão. 

“De todos sou o mais próximo ao filho de Maria, e todos os profetas são irmãos paternais, e não houve profeta entre eu e ele (ou seja, Jesus).” (Saheeh Al-Bukhari)

Sigamos a história de Jesus através das fontes islâmicas para entender como e por que seu lugar no Islã é de tamanho significado.

O Primeiro Milagre

O Alcorão nos informa que Maria, a filha de Imran, era uma jovem mulher solteira, casta e virtuosa devotada à adoração de Deus.  Um dia, enquanto estava em reclusão, o anjo Gabriel veio à Maria e informou-lhe que seria a mãe de Jesus.  Sua resposta foi de medo, choque e desânimo.  Deus disse:

“E faremos dele um sinal para os homens, e será uma prova de Nossa misericórdia. E foi uma ordem inexorável.” (Alcorão 19:21)

Maria concebeu Jesus, e quando chegou o momento de seu nascimento, ela se afastou de sua família e viajou para as proximidades de Belém.  Aos pés de uma tamareira Maria deu à luz seu filho Jesus.

Quando Maria descansou e se recuperou da dor e temor envolvendo dar à luz sozinha, percebeu que devia retornar para sua família.  Maria estava temerosa e ansiosa enquanto envolvia a criança e a embalava em seus braços.  Como ela poderia explicar seu nascimento a seu povo?  Ela atendeu às palavras de Deus e tomou o caminho de volta para Jerusalém.

“Dize: ‘Verdadeiramente! Fiz um voto de jejum ao Clemente, e hoje não falarei com pessoa alguma.’ Regressou ao seu povo levando-o (o filho) nos braços.” (Alcorão 19:26-27)

Deus sabia que se Maria tentasse explicar, seu povo não acreditaria nela. Então, em Sua sabedoria, disse a ela para não falar.  Desde o primeiro momento que Maria se aproximou de seu povo eles começaram a acusá-la, mas ela sabiamente seguiu as instruções de Deus e se recusou a responder.   Essa mulher casta e tímida meramente apontou para a criança em seus braços.

Os homens e mulheres que cercavam Maria olharam para ela de forma incrédula e exigiram saber como poderiam falar com um bebê.   Então, pela permissão de Deus, Jesus, filho de Maria, ainda um bebê, realizou seu primeiro milagre.  Ele falou:

“Sou o servo de Deus. Ele me concedeu o Livro e me designou como profeta. Fez-me abençoado, onde quer que eu esteja, e me encomendou a oração e (a paga do) zakat enquanto eu viver. E me fez piedoso para com a minha mãe, não permitindo que eu seja arrogante ou rebelde. A paz está comigo, desde o dia em que nasci; estará comigo no dia em que eu morrer, bem como no dia em que eu for ressuscitado.” (Alcorão 19:30-34)

Os muçulmanos acreditam que Jesus era o servo de Deus, e um Mensageiro enviado para os israelitas de seu tempo.  Ele realizou milagres pela vontade e permissão de Deus.  As palavras do Profeta Muhammad resumem de forma clara a importância de Jesus no Islã:


“Quem testemunhar que não existe divindade exceto Deus, sem parceiros ou associados, e que Muhammad é Seu servo e Mensageiro, e que Jesus é Seu servo e Mensageiro, uma palavra que Deus concedeu à Maria e um espírito criado por Ele, que o Paraíso é real, e que o Inferno é real, Deus admitirá através de um dos oito portais do Paraíso.” (Saheeh Bukhari e Saheeh Muslim)